Todas as Verdades

Sempre acreditei que as verdades venham em pares, apenas como silhueta de um incansável peregrino calejado pelo caminhar no concreto. Ao doce inferno semeado nos minusculos cômodos espalhados pelas entranhas da selva; onde o tempo se desfaz como presente . Lá somos nos mesmos ,amagos ao cruzar do olhar ;A rosa brota na lama vermelha como sangue,vida,restrita como a beleza da morte e o amor que perpetua após a partida. Tudo passa como um arco íris em um fim de tarde de dezembro ,os beijos cessam ,juras de amizades eternas se perdem tão ligeiras como a luz da vida a sombra;abaixo delas na escuridão que compreendemos o real brilho que envolve os afortunados.
Quando o inverno aquece e o verão congela ,a carne oculta o que remoí e arde nas entranhas .Singelas são tais estações que nos condenamos ao autoflagelo de sorrisos delicados enraizados nos antros da selvageria .